De ponto a ponto

     De ponto a ponto vai-se acrescentando uma linha, faltando, sempre, algumas vírgulas. E cada ponto sugere uma nova interrogação, que nunca é esgotada, sobrando reticências. Essas que são tantas vezes escondidas nos parênteses do subconsciente. Quantas delas queria eu assinalar com travessões e finalizar em exclamações...
     Mas não, enjoativamente, encontra-se demasiadas aspas, alguns vergonhosos apóstrofos, banalidades decorrentes de todas as barras que nem deveriam lá estar.
     De ponto a ponto, tropeça-se em dois pontos, de modo que, no meio de tanta vírgula é preciso um ponto e vírgula para pensar.
     E, depois de todos os sinais dados, só não queria encontrar o ponto final.

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