Pensamentos acesos sobre a
escuridão do vazio da noite…Insónia, horas envoltas em hipóteses que segredam a
sua presença. Não é tempo perdido, nem obrigatoriamente sinal de azar, é uma
marca da consciência.
Nesses segundos, o meu quarto
é invadido por gigantes que habitavam o país da imaginação, ou os ermos becos
da memória. Debruça-se, sobre a minha cama, uma escada flutuante sem direcção que
me magnetiza até si.
A visão estereoscópica é
perdida degrau a degrau que desço, a cada nível do submundo atingido, uma pedra
é atirada contra a luz. É como se o tempo nos fosse lentamente prendendo os
pés, isolando-nos em nós mesmos, afinal de contas, é por isso que todos
morremos sozinhos.
Já nada sei, a ciência
abandonou-me nesta cidade fantasma. E é por isso que, todos os dias, olho para
cima, procurando o porquê da má sorte…é sempre aí que te vejo. Então, a tua
segura mão puxa-me novamente à tona de água, os pulmões enchem-se daquele
cortante ar fresco.
Olho nos teus olhos, não penso
mais e sei que assim sou feliz, porque o amor é tudo e tudo és tu também.
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